O site Wikileaks, gerido por Julian Assange, divulgou recentemente uma nova série de documentos confidenciais que permitem ao público em geral que se interesse por estas coisas, ter um acesso privilegiado a facetas menos conhecidas daquilo que tem sido o conflito iraquiano desde 2003.
A última série de documentos incide especialmente sobre a aparente conivência (se lhe pudermos chamar assim) ou, pelo menos, o "fechar de olhos" das forças norte-americanas à tortura de presos iraquianos, por iraquianos. Por outro lado, os dados mostram também a influência directa do Irão em fazer chegar a território iraquiano, forças irregulares para atacat alvos da coligação ocupante.
Mais do que informação em si (indiscutivelmente grave e danosa para a, já de si escassa, credibilidade da invasão norte-americana e do seu papel no "pós-guerra") é o papel da organização de Assange em si e a forma como, de um momento para o outro, se tornou possível obter de forma directa e sem o intermédio de terceiros "matéria-prima" informativa acerca do conflito.
Dir-se-á que a forma como os documentos são divulgados corre o risco de ser prejudicial para as forças no terreno (o que foi ainda mais flagrante com a anterior série de documentos, onde estavam incluídas listas de informadores iraquianos), mas ao mesmo tempo há aqui um elemento de transparência e, até certo ponto, de uma "accountability" forçada que deve ser tida em conta.
O rescaldo desta leva de documentos vai ser bastante interessante, especialmente da parte dos EUA que ainda não manifestaram mais do que o protesto pela revelação de informações confidenciais e potencialmente perigosas para as suas tropas.
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