Bem, isto pelo andar da coisa, amanhã anunciam que o estrangeiro que "olhar de uma forma ligeiramente ameaçadora" tem 1h para abandonar o país...
O mais estranho é que ele insiste em dizer estas coisas sempre rodeado de "jovens mulheres italianas"...
Em relação à hipotética islamização da Europa, já dizem os Deolinda, "Vão sem mim que eu vou lá ter".
Na edição online do Expresso, Clara Ferreira Alves fala de cinema na sua coluna.
Antes de mais, não me considero um cinéfilo. Gosto de um bom filme, seja um dito "mais comercial" ou "mais independente", "americano" ou "europeu", chamem-lhe o que quiserem.
Eu compreendo que cada um tenha as suas próprias referências, seja em termos de cinematográficos, literários, musicais, etc. Logo, terá porventura, uma maior afinidade para (no caso específico da coluna em causa) os filmes/actores/realizadores. Daí que eu compreenda perfeitamente que ela diga algo como isto:
Quando era criança ir ao cinema era uma cerimónia familiar. Punha-se um fatinho e o frontispício dos cinemas era majestoso, com letreiros de néon. As cortinas eram de veludo. Nos foyers pendiam retratos de estrelas de Hollywood em molduras doiradas. Os cartazes eram obras-primas. Comiam-se chocolates ao intervalo, e conversava-se em sussurro, respeito para com o silêncio. Ninguém comia pipocas. Valorizava-se o drama e o melodrama e Hollywood não tinha medo de finais infelizes. Os diálogos dos clássicos a preto e branco eram obras-primas. Mesmo quando incompreensíveis, como na adaptação de William Faulkner (Nobel da Literatura) de "À Beira do Abismo", de Raymond Chandler
Por outro lado, não posso deixar de concordar com aquilo que é, hoje em dia, a experiência de ir a uma sala de cinema. De facto, assistir a um filme numa das salas Lusomundo ou até nos cinemas UCI do El Corte Inglés, exige muita paciência para quem quer de facto ver o filme e não passar uma hora e meia a falar com os amigos, enquanto se bebe Coca-Cola e se comem "contentores" de pipocas...
No entanto, o texto toma um rumo mais, digamos, pateta quando se dá a entender que hoje em dia parece que não existem já "grandes actores" e que o cinema está reduzido a "videogames e comédias nulas, que fazem chorar de saudades de Lubitsch, Cukor, Wilder"... O bode expiatório referido é Leonardo DiCaprio, afirmando Clara Ferreira Alves que não veria um filme do próprio duas vezes e saiu do Inception de Christopher Nolan "a meio". Tudo bem que DiCaprio ou Brad Pitt, ou George Clooney, nunca serão um Grant, um Coopert ou um Stewart, nem poderiam ser! Assim como ninguém pode ser um DeNiro, um Nicholson ou um Pacino.
Mas voltando a DiCaprio, basta comparar aquilo que foi o Titanic com o desempenho que teve em Catch me if you Can ou em The Departed (isto para destacar dois filmes que ainda hoje vejo várias vezes e sem qualquer aborrecimento).
Clara Ferreira Alves faz um elogio aos "seus" clássicos e ao seu gosto por ir ao cinema ver um filme que considera já não ser igual hoje em dia, ao que era no seu tempo.
Mas, goste-se ou não, os "clássicos" para muitos que nasceram na década de 80 e que vão olhar para trás daqui a 10/20 anos vão ser coisas como The Matrix, Inception, Dark Knight, Wall-E, Inglorious Basterds, The Moon, Juno, The Hurt Locker, O Senhor dos Anéis, Ratatouille, There Will be Blood, Lost in Translation...See my point?
Será assim uma coisa tão horrível de conceber?
Esta espécie de notícia anda pela página principal do Expresso. Em resumo, conta a história de Bruno Balthazar, 18 anos, finalista do secundário com "notas máximas a Física e Matemática" e 3º lugar nas Olímpiadas Internacionais da Física. Até aqui tudo bem, mas acontece que o rapaz quer ser investigador na área da Física (o que segundo a repórter do Expresso é um "sonho pouco comum") e é a partir daqui que a "notícia" toma contornos mais estranhos. Começa logo pela interrogação feita pelo próprio Bruno:
"Quero ser investigador de Física e ninguém me ajuda. E se eu quisesse ser jogador de futebol?"
Pois...Imagino que se quisesse ser futebolista, estaria exactamente na mesma, mas tudo bem. Compreendo que é para passar a ideia do Portugal obcecado com o futebol, ideia que até partilho e que me faz bastante confusão.
Querendo o Bruno ser "investigador de Física", a ideia passa por ingressar na Universidade de Oxford, na vanguarda da investigação no sector e é para este objectivo específico que o Bruno faz o seu pedido de auxílio, já que para lá chegar deve ter que gastar este mundo e o outro, coisa que os pais não podem, infelizmente, fazer.
A repórter avança que não conseguiram "apoios em nenhuma das instituições que contactaram" ficando por saber quais e, não estando o Bruno sequer na Universidade, que tipo de apoios poderiam ser oferecidos.
Finalmente, o pai do Bruno retoma o teor futebolístico já referido, dizendo:
"Se o meu filho fosse jogador de futebol, com certeza já teria um clube, já o teriam contratado e ele já seria um grande jogador de futebol para o futuro."
Acabando de ler, fico sem saber exactamente quem e de que forma poderia ajudar o Bruno? Seriam os clubes/universidades que deveriam oferecer-lhe o curso, mediante bolsas? Mas isso é, obviamente, possível, sendo talvez uma boa ideia entrar em contacto com a FCT...Ou será que foi essa uma das "instituições" contactadas?
Seria o Estado (essa ominpotente e omnipresente entidade) que deveria pegar no Bruno e enfiá-lo em Oxford?
E porque não começar por inscrever-se na FCUL, ou no ISCTE e ver como correm as coisas? A partir daí será mais fácil arranjar uma Bolsa...
Logo a seguir e atendendo às suas capacidades fora da média, será relativamente fácil fazer-se nota no curso e chamar a atenção de Professores que poderão ficar de olho nele e, de futuro, convidá-lo para investigação.
Quem sabe se, ainda mais tarde, não poderá ir fazer o Mestrado ou o Doutoramento a Londres...?
Mas que raio, ainda agora acabou o secundário e já está a chorar a dizer que não vai conseguir fazer carreira na Física?
Será que se lhe pedirem, o Sr. Ministro também diz o PIN do Multibanco?
Mas pelo amor da Santa, não se precipite!
Parece que, no Irão, foi apresentado um protótipo de um bombardeiro de longo alcance não tripulado (na foto, é aquilo que aparenta ser um cruzamento entre uma V1 e uma Super Soaker). A ser verdade e o protótipo chegar alguma vez a traduzir-se em bombardeiros reais, trata-se de um motivo de peso para um agudizar das tensões regionais, especialmente face a Israel.
Ocorrendo também na sequência da inauguração da central nuclear de Bushehr, parece haver uma clara vontade por parte do Irão em ganhar rapidamente outro peso regional.
Wait and See, pelos vistos?
A desconstrução sistemática do tom geral das críticas que têm sido feitas à construção de uma mesquita (não é uma mesquita!) no "Ground Zero" (não é no Ground Zero) nos últimos programas do Daily Show de Jon Stewart têm sido particularmente bem pensadas. No entanto, acho que a última edição leva a bicicleta:
The Daily Show With Jon Stewart | Mon - Thurs 11p / 10c | |||
Extremist Makeover - Homeland Edition | ||||
|
O nosso PNR é tão nacionalista, tão nacionalista, mas tão nacionalista que quando vem a altura de homenagear, não lhe basta prestar homenagem às nossas Forças Armadas (coisa que aliás não lhes deve dar gozo por aí além) e, portanto, durante um encontro internacional de organizações nacionalistas, aproveitaram para visitar o santuário de Yasukuni e, muy nobremente, prestar homenagem às tropas japonesas mortas na 2ª Guerra.
Já antevejo uma futura visita da associação japonesa para homenagear os nossos mortos em La Lys...Com certeza que iss ficou já apalavrado, para além do lanche nos Pastéis de Belém.
E anda esta malta a passear-se pelo Japão...
Realmente se há coisa em que somos pioneiros é nesse processo arcano de criação de leis...Quase que rivalizamos com Bruxelas e as célebres directivas para uniformizar o tamanho dos legumes a nível europeu...
Quem sabe se, de futuro, também a quantidade de açúcar irá ser controlada, ou a quantidade de gordura que os restaurantes podem servir por prato...O que, possivelmente vai variar de prato para prato (ou de bolo para bolo, no caso da pastelaria).
No fundo, o sonho molhado de qualquer legislador...
Embora seja uma figura política com a qual não simpatizo por aí além (talvez injustamente), as declarações prestadas ao i deram-me vontade de bater palmas.
Com efeito, as sucessivas declarações por parte dessas duas luminárias que são o Procurador Pinto Monteiro e a Exma. Sra. Cândida Almeida fazem subir a parada para futuras tentativas de tornar a silly season demasiado "silly" para a época. As coisa entram já na esfera do surreal e há, de facto, uma espécie de geral "encolher de ombros" enquanto a Justiça (que, imagino eu, deveria fazer parte de uma daquelas "instituições" a que o Art. 120º da CRP faz menção) lentamente vai sendo sucessivamente corroída por quem deveria, em última instância, criar as condições para a sua saudável aplicação.
O que vale é que o "regular funcionamento das instituições democráticas" tem uma interpretação muito, mas muito, lata...
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