Foto: AP - George Mitchell (Enviado norte-americano ao Médio-Oriente) e Benjamin Nethanyahu (1º Ministro Israelita)
Muito se tem falado sobre o reatar das negociações directas entre israelita e palestinianos, sendo que houve uma atenção redobrada na passada semana devido ao final da moratória que impedia a construção de novos colonatos israelitas, neste passado Domingo, moratória essa que já durava à 10 meses e era vista como grande parte do motivo pelo qual as negociações ainda estavam de pé.
O que é facto é que Domingo veio e foi e, apesar de muito ranger de dentes, mas especialmente devido ao que parece ser uma vontade relativamente séria de tentar (pela enésima vez) uma nova tentativa de chegar a algo que se assemelhe a um primeiro passo para a criação de um Estado Palestiniano. Aqui as palavras-chave são mesmo "tentar", "primeiro passo" e um grande "talvez", já que não há qualquer tipo de pista acerca do que tem sido, de facto, discutido nos encontros directos entre Nethanyahu e Abbas, pelo que estamos ainda numa fase onde, à falta de melhor, há pelo menos a vontade de falar.
Tem sido interessante a reacção das facções radicais de parte a parte. Por um lado, o Hamas já avisou que não reconhece esta nova ronda negocial nem, imagina-se, tomará muito a sério o que quer que seja que possa sair delas. Por outro lado, a ala mais à direita da actual coligação (com Avigdor Lieberman, o MNE, à cabeça) já veio, de forma bastante caricata, mostrar o que pensa do actual momento. Num discurso à Assembleia Geral da ONU, o MNE israelita veio, indirectamente, funcionar como um segundo 1º Ministro, declarando que qualquer entendimento entre israelitas e palestinianos está a décadas de distância e dependerá sempre de transferências de população de Israel para um hipotético novo Estado (o que implica, no fundo, a expulsões do que são hoje cidadãos israelitas.
O Kadima de Tzipi Livni veio dizer isto mesmo:
Fala-se que este poderia ser o verdadeiro teste de Nethanyahu, na medida em que o 1º Ministro deveria agora demitir Lieberman, considerando que o Ysrael Beitenu (partido do qual Lieberman é o líder) não está, de facto, interessado neste processo negocial sendo que, o Kadima e Tzipi Livni, para todos os efeitos, parecem estar.
De facto, seria bom que Nethanyah fosse mais consequente face às declarações do seu MNE e fosse um pouco mais além dum mero "distanciamento" em relação às mesmas. O risco de instabilidade governamental é quase certo e a coligação actual estaria comprometida, mas seria um interessante sinal "ao outro lado" que talvez permitisse ultrapassar o episódio do final da moratória à construção de colonatos.
O novo folhetim que parece ir agora instalar-se confortavelmente nos próximos dias tem origem na aparente compra, pelo comando da PSP, de 6 blindados anti-motim, fruto da necessidade de tais viaturas para a Cimeira da NATO que irá ocorrer no Parque das Nações, em Novembro.
A notícia surgiu ainda em Agosto, quando se falou da lista que o Comando da PSP apresentou, em reunião com o MAI, elencando aquilo que seriam as suas necessidades materiais para garantir a segurança de um evento que é, indiscutivelmente, de risco potencial elevado e propenso às manifestações da praxe que a NATO (tal como o G20 e outras festarolas) tem tendência a atrair.
Podendo-se logo à partida questionar a efectiva necessidade de adquirir estes novos equipamentos, as últimas notícias parecem indicar aquilo que já é comum no nosso rectângulo, um folhetim de qualidade duvidosa.
Ontem, o DN veio dar conta da "surpresa" da Direcção da GNR na aquisição dos novos blindados (no valor de €5.000.000, por ajuste directo) sendo que a Guarda tem (desde a sua intervenção no Iraque) a "ganhar pó", várias viaturas blindadas (13) que poderiam ser utilizadas para a Cimeira.
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, por intermédio do Sr. Paulo Rodrigues vem garantir que:
Depois há os pormenores engraçados, como de costume. O facto do ajuste directo ter que ser avaliado pelo Tribunal de Contas, que tem 30 dias para se pronunciar e pedir novos esclarecimentos, se assim o entender. O facto de o DN vir dizer que, na sequência da notícias de ontem que a PSP desmentia qualquer compra de equipamento para, horas depois ser desmentida por sua vez pelo MAI, como se lê aqui:
A cereja no topo do bolo seria chegarmos às vésperas da Cimeira e ler nos jornais que a compra deste material ainda estava pendurada...Aceitam-se apostas?
Na última semana, foi oficialmente anunciada no Daily Show de Jon Stewart, a chamada "Rally to Restore Sanity" que, nas palavras do apresentador, pretende ser a resposta dos 70% da população norte-americana que não tem tempo para o folclore e o histerismo das desventuras dos restantes 30% de loucos e demagogos que dominam grande parte do tempo de antena.
Em contraponto, Stephen Colbert pretende organizar a March to Keep fear Alive, "to fight Jon Stewart's creeping reasonableness and to restore truthiness.
The Daily Show With Jon Stewart | Mon - Thurs 11p / 10c | |||
Rally to Restore Sanity | ||||
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The Colbert Report | Mon - Thurs 11:30pm / 10:30c | |||
March to Keep Fear Alive | ||||
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Ambos a realizar no dia 30 de Outubro. Os vídeos são simplesmente hilariantes e mostram bem porque é que, de facto, há uma forma curiosa de activismo político revestido, é certo, de uma espécie de humor "apartidário" mas que, no fundo, consegue ser mais fidedigno e mais "real" do que a o permanente chorrilho de gritaria e de aparente loucura que é, actualmente, a norma nos media, na classe política e na própria análise política mais "tradicional".
Será interessante ver se ambos os eventos se vão, efectivamente, realizar e quantas pessoas é que irão marcar presença.
Juro que foi a primeira coisa que me veio à cabeça quando vi o brilhante video da nossa Ministra da Educação. Alguns pormenores são especialmente reveladores:
Enfim, talvez possa ser injusto, mas não consigo deixar de ficar enervado a cada vez que vejo esta peça...
Pergunto-me se, não poderia haver alguma consideração pelo simbolismo da acção, ainda por cime tendo em conta a data onde a mesma pretende ser levada a cabo.
Claro, é uma comunidade pequena na Florida...Dirão que não passa de uma iniciativa promovida por um louco, mas não deixo de me perguntar onde é que chegámos quando a queima do Corão é notícia.
Um artigo interessante no Huffington Post oferece algumas sugestões.
Não me consigo fartar disto.
Sigo a recomendação de um amigo meu, com quase 4 anos de atraso. Mais vale tarde que nunca...
Chávez admite que viola la ley al participar en las elecciones porque es un "revolucionario"
Avante! Ninguém pára a Revolução! Nem mesmo essa coisa das eleições...
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