No mesmo dia (ontem, 29 de Dezembro) em que se dá o último debate presidencials entre o actual PR e o Manuel "Mario Soares 2010" Alegre, soube-se também que o Tribunal Constitucional validou a candidatura de José Manuel Coelho (sim, aquele senhor da suástica da Madeira).
A pergunta já tem sido feita aqui e ali na blogosfera, mas confesso que também estou curioso, porque imagino que agora vão também dar a oportunidade ao Sr. do PND-Madeira de debater a sua candidatura com os restantes, certo?
Ou não? Provavelmente não, não é? Pois...Era a minha ideia também.
Quando criei este espaço, fi-lo com o principal intuito de poder comentar e largar algumas atoardas essencialmente em relação a temas de política nacional e internacional. É aquilo que me interessa e aquilo por que andei a estudar durante 5 anos.
No entanto, este Natal trouxe-me no sapatinho um álbum que, por falta de outras palavras, só posso chamar de especial e leva-me assim ao primeiro post sobre outro dos meus interesses, i.e., música e, em particular, a chamada "música extrema" ou o vulgo "Metal".
Por outro lado, não deixa de ser engraçado que comece por falar de um álbum que foge em muito à sonoridade mais tipicamente associada a este estilo, sendo a sua especificidade aquilo que lhe confere o seu maior interesse.
Assim, este "Écailles de Lune" (Março de 2010) dos Alcest, projecto francês da autoria de Neige tem tido a sua dose de "etiquetas" atribuidas, desde o shoegaze, passando pelo post-Black Metal ou post-rock. Há, de facto, uma componente introspectiva e de serenidade que se revela logo no (excelente) artwork, que se mantém ao longo dos cerca de 40min de duração do álbum, aqui e ali interrompidos por surtos verdadeiramente furiosos de velocidade, quase como se regressássemos à tona de água, depois de um longo mergulho.
A palavra-chave ao longo de todo o álbum será, porventura, melodia, o que permite ao ouvinte passar por todas as músicas como uma só, sendo aqui dificil escolher uma "favorita". Ainda assim, os 20min de abertura com "Écailles de Lune Pts I e II" são, talvez, os momentos mais marcantes deste trabalho.
Espero agora poder ainda arranjar o anterior trabalho dos Alcest que, de certa forma, inaugurou esta vertente mais melancólica do Sr. Neige.
Quem tem por hábito ouvir música mais "extrema" costuma perguntar-se porque é que não há mais pessoas a fazer o mesmo, ao passo que quem não ouve costuma perguntar-se como é possível haver quem goste daquela "barulheira".
Este é um álbum que deve servir a quem quiser mostrar aos "não-iniciados" algumas das pérolas que é possível encontrar no meio.
Um comentário final para dizer que não sou crítico de música e tão pouco um entendido nos seus aspectos mais "técnicos". Sou apenas um ouvinte que, acabado de ouvir algo muito bom, achou por bem escrever algumas palavras sobre isso.
No próximo dia 26, às 21h30, o National Geographic Channel passa o documentário Restrepo, vencedor do prémio de melhor documentário no Festival de Sundance deste ano, sobre um pelotão de Marines norte-americanos destacados para uma colina (a que deram o nome de Restrepo, em homenagem a um médico, Juan Restrepo, morto em combate no local) no Vale de Korengal, Afeganistão.
O documentário narra um ano na vida dos soldados e foi realizado por Sebastian Junger e Tim Hetherington. A ideia do documentário é, segundo os próprios:
The war in Afghanistan has become highly politicized, but soldiers rarely take part in that discussion. Our intention was to capture the experience of combat, boredom and fear through the eyes of the soldiers themselves. Their lives were our lives: we did not sit down with their families, we did not interview Afghans, we did not explore geopolitical debates. Soldiers are living and fighting and dying at remote outposts in Afghanistan in conditions that few Americans back home can imagine. Their experiences are important to understand, regardless of one's political beliefs. Beliefs are a way to avoid looking at reality. This is reality.
A não perder...
Através da The Atlantic:
Hi
In a demonstration for Hamas supporters , and as a part of Hamas celebration of the 23rd anniversary of Hamas Foundation, senior Hamas Leader Dr. Mahmoud Al-Zahar will burn the isreali flag , then he will Kindles the flame of Hamas celebration 23rd anniversary of its Foundation.
For more information & and If you would love to cover this story, feel free to contact us on (+97059942----)
É, de facto, para lá de fofo.
Imagem retirada de Diario.iol.pt
Ontem à noite deu-se o primeiro de vários "frente-a-frentes" que irão ter lugar durante o mês de Dezembro, para as eleições presidenciais de Janeiro, pelo que a atenção da comunicação social e de (alguns) portugueses irão estar, naturalmente, focados nos candidatos e naquilo que cada um terá para dizer aos eleitores.
Não vi o primeiro debate entre o "não-alinhado" Fernando Nobre e o candidato do PCP, Francisco Lopes, pelo que o comentário passa muito pelos diferentes rescaldos que foram aparecendo durante o dia de hoje, nos diferentes jornais.
Do que pude ler, não houve grandes surpresas relativamente ao conteúdo do debate propriamente dito. Ou seja, Nobre coloca (e continuará a colocar, diria eu) a tónica no seu "apartidarismo" e quase completo alheamento da vida política nacional, por oposição aos restantes candidatos "do sistema". Porventura, será a grande vantagem de Fernando Nobre, embora até que ponto é que alguém que se candidata ao mais alto cargo "político" nacional retirará grandes vantagens em destacar a sua total e completa inexperiência política (ao ponto de, ao que parece, enumerar medidas que tomaria enquanto PR que seriam inconstitucionais), será algo que só iremos descobrir em Janeiro.
Em relação a Francisco Lopes, a surpresa é também nenhuma, no sentido em que terá feito o seu papel, o de conferir a visibilidade que uma campanha presidencial permite às tradicionais medidas e posições do PCP. Não se esperaria mais e não me parece que esta lógica se alterará.
De resto, estão claramente agendados (como sempre) para maximizar o seu impacto mediático, com a apoteose final do Alegre Vs Cavaco, uma espécie de reprise do Soares Vs Cavaco da última campanha... Estranhas, as voltas que o país dá...
Numa recente saída de amigos (na verdadeira acepção do termo) e reencontrando um que já não via há um bom par de anos, fico a saber que esse camarada consegue, regularmente, a proeza de nalgumas horas amealhar aquilo que eu não amealho em 6 meses, para não dizer num ano...
É de deixar qualquer um ligeiramente carrancudo...
Acho que, no fundo, é um bocado assim...
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