Depois de os Deolinda terem dado um concerto no Coliseu e interpretado uma nova canção ("Parva que sou") que rapidamente fez furor nas internetz. A bloga então tem andado em alvoroço, basta seguir alguns dos links aqui do lado.
De um lado (sim até para uma música dos Deolinda têm que haver "lados") estão aqueles que viram na música o veículo para a geração (a Geração Parva, já agora) que a música pretende retratar poder, finalmente, sair da sua letargia e (pelos vistos) dar ínicio à Revolução já que pouco faltou para se irem buscar os Cravos depois de ouvirem a Grândola Vila Morena. Já outros, em jeito de resposta, alternam entre o blasé e a condescendência achando que a música é fraca, "identifica um problema, mas não apresenta soluções" (para a próxima é melhor prepararem um powerpoint para acompanhar a música), não é rigorosa na sua "análise" (e sustentam isso com gráficos...a sério!).
Eu, que estou aqui neste meu canto onde ninguém me lê acho que me posso dar ao luxo de ouvir a dita canção e tomá-la por aquilo que ela é, assim sei lá, uma boa canção, bem pensada para o público que os ouve, que não deixa de chamar a atenção para um problema sério hoje em dia...Que raio, onde é que andaram as "análises" quando puseram cá fora o Movimento Perpétuo Associativo?
Só para chatear, aqui fica a música
Um vídeo produzido pelo governo da Bélgica para as crianças está a chocar alguns cidadãos do país.
No centro da polémica está o objectivo da animação: ensinar as crianças em idade escolar a masturbarem-se.
Durante 52 segundos, um pénis animado ensina as crianças a mover as mãos de forma a obterem satisfação sexual, até à ejaculação.
O vídeo está a ser transmitido nas escolas, inserido no programa de educação sexual infantil.
Infelizmente, aqui no meu trabalho não me deixam ver estas coisas...Mas deve ser fascinante.
Aquilo que mais me assusta é estarmos a chegar ao ponto onde terem que ser Governos, i.e. o Estado, a ter também que mostrar às criancinhas como fazer.
E que tal sessões de sensibilização nas escolas? Quem faz videos com um pénis animado, também arranja alguém para pôr uma fatiota toda catita e andar aos saltos num auditório a mostrar às criancinhas como se faz. Ou assim já é demasiado traumatizante?
O presidente egípcio, Hosni Mubarak, disse ontem que está "cansado" e quer "sair". "Mas se me demitir hoje será o caos"
Um pouco na sequência do post anterior, dei com este artigo de Ross Douthat no NY Times sobre o Egipto e as dificuldades que se colocam aos analistas que tentam retirar algumas ilações sobre o que se passa. O artigo merece leitura completa, mas esta citação em particular chamou-me a atenção:
The memory of Nasser is a reminder that even if post-Mubarak Egypt doesn’t descend into religious dictatorship, it’s still likely to lurch in a more anti-American direction. The long-term consequences of a more populist and nationalistic Egypt might be better for the United States than the stasis of the Mubarak era, and the terrorism that it helped inspire. But then again they might be worse. There are devils behind every door.
Americans don’t like to admit this. We take refuge in foreign policy systems: liberal internationalism or realpolitik, neoconservatism or noninterventionism. We have theories, and expect the facts to fall into line behind them. Support democracy, and stability will take care of itself. Don’t meddle, and nobody will meddle with you. International institutions will keep the peace. No, balance-of-power politics will do it.
But history makes fools of us all. We make deals with dictators, and reap the whirlwind of terrorism. We promote democracy, and watch Islamists gain power from Iraq to Palestine. We leap into humanitarian interventions, and get bloodied in Somalia. We stay out, and watch genocide engulf Rwanda. We intervene in Afghanistan and then depart, and watch the Taliban take over. We intervene in Afghanistan and stay, and end up trapped there, with no end in sight.
Claro que depois, há também estes analistas:
Go figure...
Não sei bem o que dizer acerca do que se passa no Egipto (lamento o "p" mas ainda não harmonizei o meu discurso). Como em tudo aquilo que é imediatamente etiquetado como "histórico" ou outro qualquer adjectivo grandioso, não me sinto muito confortável em tecer grandes considerações sobre eventuais consequências daquilo que começou na Tunísia, passou para o Egipto e anda, basicamente, a causar alguns calafrios em algumas capitais do dito "Médio-Oriente".
Não se entenda aqui nenhum cinismo da minha parte pelos acontecimentos recentes, pelo contrário. Não consigo evitar algum entusiasmo com as imagens das manifestações e com aquilo que parece ser, de facto, um gigantesco "basta" a 30 anos de um regime que está, agora, moribundo. No entanto, ouvindo tantas eminências tecer "n" comentários sobre as consequências do "25 de Abril Egípcio" (trocam-se flores!! mostravam aqui há dias alguns jornais), prefiro acompanhar as notícias aqui e ali e ver o que de facto acontece. Funcionará o Exército como uma espécie de "garante do regime" enquanto calmamente "corre" com Mubarak como forma de o garantir? Será a Irmandade Muçulmana capaz (e quererá) tomar o poder? Será reintroduzida na esfera política de uma forma ordeira e aí permanecerá como mais um interveniente na vida pública egípcia? Haverá, ainda, uma "revolução" à la Irão?
Quem sabe?
Como por enquanto ainda estamos num plano de análise de "Que mil democracias floresçam no médio-oriente", talvez tenhamos que aguardar mais um pouco...
A minha outra casa
Blogs Nacionais
Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos
Interesses
News of the World
Blogues Internacionais
The Daily Dish - Andrew Sullivan
Tools