Fazendo fé em notícias como a que mais abaixo se irá transcrever (e reforço o termo "notícia", uma vez que não se trata de um artigo de opinião, de acordo com a secção onde está incluido) que dão conta do desenrolar da situação na Líbia através das lentes muito particulares do jornal Avante, a Líbia está actualmente "cercada pelo Imperialismo":
Não é preciso transcrever muito mais. No entanto, não deixa de ser curioso que andando também eu, pobre de mim, a acompanhar com algum interesse o desenrolar dos acontecimentos, não deixo de notar a extrema relutância do "Império" em fazer grande coisa que não seja "acautelar todas as eventualidades". Desde Barack Obama, passando pelo próprio Secretário da Defesa (o republicano Robert Gates e, por conseguinte, duplamente imperialista) e até do Comandante do Central Command, James Mattis, cada um dizendo mais ou menos claramente que uma intervenção é sempre equacionada mas não é propriamente a estratégia desejada. Sim, grupos de congressistas republicanos e alguns elementos ligados à intelectualidade neoconservadora têm advogado intervenções armadas, baseando-se numa suposta adesão à agenda democratizadora do anterior Presidente (algo que, sinceramente, também ainda não notei, mas enfim..), mas daí a retirar-se algo mais do que isso ainda vai um longo caminho.
Por outro lado, curioso é também o recente pedido da Liga Árabe (esse bloco regional imperialista) para que o Conselho de Segurança implemente, de facto, uma zona de exclusão aérea na Líbia.
Aguardo por novos desenvolvimentos da edição online mas não resisto a colocar aqui mais este mimo:
Vale pelo excelente encadeamento de supostas violações/alegada repressão/pretensas manifestações.
O mundo visto a partir do Avante é mesmo muito pouco complicado...
Não sou jornalista e não tenho gosto em particular de embirrar com o i, mas depois de ler isto, fico a pensar em quem terá sido o/a iluminado/a que pensou nas perguntas que fez a Paula Gil, uma das responsáveis pelo movimento da "Geração à Rasca", em vésperas de manifestação que se espera (?) traga muita gente para Lisboa.
Desde uma vaga comparação com as manifestações no Mediterrâneo, passando pelo movimento "zeitgest" (imagino que só porque sim), não há em nenhum momento algo tão simples como "o que se pretende com este movimento?" ou "o que acham que está mal na situação actual?" ou "que soluções é que poderiam sugerir para alterar as coisas?", "estariam disponíveis para ir à AR apresentar algo como um plano de acção?"...Sei lá, qualquer uma destas pensadas agora é melhor do que:
Receberam ameaças ou foram alvo de algum tipo de chantagem?
Tudo bem que podiam não ter muito tempo para algo muito exaustivo, mas bolas, então geria-se melhor aquilo que se pretendia perguntar...
O texto está no Delito de Opinião, da autoria de Sérgio de Almeida Correia.
É bom...É muito bom. E tomei a liberdade de pedir emprestado a "money quote":
Este país precisava de ter um bom par de tomates. Um só bastava. Um bom par de tomates. Tomates carnudos, viris, brilhantes, daqueles que quando lhes chegassem uma faca espirrassem por todos os lados e nos deixassem todos borrados. Em todos os sentidos. E até podia ser um par de tomates de uma mulher. Quem sabe se dessa forma não voltaríamos todos a ter um par de tomates decente. E então, e só então, fossemos capazes de nos livrarmos da geração de Abril, da geração do soarismo, da geração do cavaquismo, da geração do guterrismo, da geração do santanismo, da geração à rasca, dos enrascados que nos rodeiam e, também, destes destomatados todos que nos governam há mais de três décadas e que se divertem a fazer diagnósticos e a apresentar moções de censura e de confiança enquanto a horta fenece.
Podia inventar qualquer coisa para dizer em jeito de comentário, mas acho que não vale a pena...É isto.
Em dia de discussão da moção de censura que não o é, destaca-se este excelente soundbite de Paulo Portas:
"Não é censura, é moção de ternura ao Governo"
Lendo a notícia da "invasão" de algus manifestantes ligados ao movimento "Geração à rasca", num comício político do PS onde discursava José Sócrates, confesso que fico um bocadinho desapontado.
Já dizia o Herman que não havia necessidade e isso vê-se no rescaldo desse acontecimento. De facto, é pateta um grupo "infiltrar-se" num jantar partidário, pagando a inscrição no dito e usando isso como argumento para interromper o discurso do nosso 1º a gritos de megafone que resultaram na sua inevitável expulsão da sala, com mais ou menos empurrão e safanão como também seria de esperar.
Confesso que não percebo a utilidade da coisa, na medida em que não se estava num comício ou evento público e prestam-se agora a críticas de "instrumentalização partidária" e de "falta de espíritio democrático" como já têm vindo a ser passadas para a comunicação social, resultado das sempre bem sucedidas estratégias de vitimização que o PS tão bem sabe organizar.
Já está planeada a manif de 12 de Março que, fazendo fé na adesão do Facebook (que é sempre relativa, a meu ver) poderá ser um acontecimento de relativa importância. Assim, era mesmo preciso este folclore?
O Público tem a tendência para ir buscar estes episódios patuscos que, de vez em quando, lá vão aparecendo dos meandros obscuros de Ministérios, Secretarias de Estado, Grupos de Trabalho, Comissões e afins. Infelizmente, nem a cultura está a salvo.
Grupo de trabalho custou 209 mil euros e reuniu-se uma vez em 14 meses
A notícia é bem penosa de se ler, mas vale especialmente pela possibilidade de se ver em formato escrito essa muy nobre arte (que também ela deveria ter sido alvo de escrutínio por parte deste Grupo de Trabalho) imaterial conhecida por "sacudir a água do capote".
De referir também a parte mais engraçada em que um dos membros do Grupo, não querendo ficar de braços completamente cruzados (vá, lá os descruzou para googlar alguma coisa) conseguiu:
Depois de tanto trabalho, imagino que esteja tudo já a pensar na reformazinha...
Gosto muito de ler.
Mesmo muito.
A par dos "phones" nos ouvidos, ando sempre com um livrito na mala o que, atendendo ao longo caminho que percorro diariamente de transportes públicos, é uma necessidade básica para poder tornar as viagens minimamente agradáveis.
A minha biblioteca não é propriamente grandiosa, mas sempre consigo encher (já com livros em cima de livros, em cima de livros) três estantes lá em casa (entre os meus e os da esposa, claro). O nosso "mini-escritório" é a minha divisão favorita lá de casa, especialmente pelo permanente cheiro a livros que lá paira...É meio pateta, porventura, mas adoro poder passar os olhos pelos títulos, fazer mini-arrumações no meio da desarrumação mais ou menos generalizada, folhear uma ou outra página favorita, etc.
Digo isto porque resolvi, aqui há tempos, que gostava de poder arranjar um Kindle num futuro próximo (provavelmente por alturas do próximo aniversário), algo que até há pouco tempo dificilmente me passaria pela cabeça. Entenda-se que não sou nenhum "techie", não nutro especial simpatia por gadgets e decididamente abomino mariquices como Iphones, Ipads, Androids e demais tablets, telemóveis de 3ª geração (aqueles para os quais falar parece ser um extra e não a função base) mas abomino-os simplesmente por não lhes reconhecer nenhuma vantagem acrescida para a minha vida do dia-a-dia.
Por outro lado, o Kindle é um pouco como eu...É bastante básico. Ou seja, aquilo serve para ler livros, comprar mais livros e, maravilha das maravilhas, guardar carradas deles lá dentro!
Da mesma forma que gosto do meu Ipod pré-histórico (de certa forma, o Walkman dos Ipods) de 60 Gbs, pela quantidade ridicula de música que consigo lá pôr, a perspectiva de poder ter uma biblioteca ambulante e andar com ela no dia-a-dia e durante as minhas andanças internacionais que, infelizmente, ainda são bastantes sem ter que me preocupar em encher o trolley com dois ou três livros pesadotes é algo que me aguça bastante o apetite.
De resto, atendendo aos preços que a Amazon pratica para os seus E-books, a questão monetária também se afigura bastante convidativa. Provavelmente, deixo de vez de frequentar a secção de livros da Fnac como, ocasionalmente, ainda faço.
A questão toda é que, apesar de gostar de livros, de folhear, dobrar o cantinho da página (up yours, Forrester), gosto ainda mais de ler e por isso, o Kindle parece-me ser uma ferramenta catita.
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