Se há alguma coisa boa a retirar da cobertura ao casamento real que por estas alturas está a começar, é o facto de o Público ter posto o Miguel Esteves Cardoso a fazer parte dos comentários "minuto a minuto"... Assim vão aparecendo coisinhas boas como estas:
Miguel Esteves Carosos: Entre os convidados, discretamente, Sandokan.
Miguel Esteves Carosos: Naquela farda, o Harry parece um presidente de uma república das bananas.
Miguel Esteves Carosos: O meio-irmão ainda está ressacado.
Miguel Esteves Carosos: Pelo menos não esconde a careca. Mesmo assim, quando teremos nós um casamento real com um príncipe jovem, ainda com cabelo?
Depois no meio aparece isto de uma jornalista, Filomena Silvano:
Londres, uma cidade investida por uma multidão que revive emoções vindas do passado. Pessoas, muitas pessoas, ruas vazias e um carro maravilhoso. Lá dentro um princípe.
Riiiight....
Mas podemos saltar isso e concentrarmo-nos no MEC...A seguir aqui
Reparei agora que o site do Guardian tem uma secção especial para republicanos (literalmente um banner com "Republicans click here") e uma separata com a seguinte descrição:
Find out what is happening in the rest of the world with our sanctuary from all things William and Kate
Realmente, é por isto que aquele país tem qualquer coisa de especial...Bolas..
Ontem passei o feriado em casa, fui ao ginásio e tratei de reunir a papelada para o IRS.
Confesso que evitei ao máximo as cerimónias do 25/4 e a cobertura jornalística das mesmas...Quando a dada altura passei pela SicNotícias e dei com um jornalista aos gritinhos a perguntar a José Sócrates porque não estava Teixeira dos Santos em Belém, confirmei que tinha tomado uma decisão acertada...
Nas palavras imortais de Paulo Futre:
"Vai vir charters de golfistas e o Estado tem que ter comissões nos restaurantes, nos hotéis, nos spas, em tudo!"
Em Portugal certas declarações são aceites e passam pelo dia-a-dia noticioso sem que haja da parte da classe jornalística grande vontade em perguntar um simples "Como?" ou "Importa-se de repetir?".
Regra geral, isto acontece com certos "Senadores" ou "Inquestionáveis" da Pátria, que não obstante caminharem já para uma certa irrelevância, tiveram o seu lugar na actualidade política nacional. As recentes declarações do Camarada Otelo são disso um exemplo.
Como brinde veio dizer também que "Se soubesse o que sei hoje, não tinha feito o 25 de Abril" (Cito de memória para não ir buscar o link de propósito).
Só me resta agradecer ao Camarada Otelo o facto de não ser o Prof. Karamba e por ter conseguido "fazer" o 25 de Abril que, como sabemos, foi da sua inteira responsabilidade. Aliás, o entusiasmo foi tal que se o tivessem deixadoa, ainda hoje a "Revolução" continuava, provavelmente a partir da Serra da Estrela, qual Che-Guevara português. Mas voltando, agradeço-lhe porque é pelo 25 de Abril que hoje, entre outras coisas, posso escrever este post e, em grande medida, mostrar como Otelo não passa de um gigantesco imbecil.
Bem haja
Depois da notícia das greves de fome sujeitas a formulário prévio e a uma série de outros pormenores que serão, sem dúvida, o sonho molhado de muitos burocratas por este país fora, chega outra notícia que prova como nós estamos já muito para lá da mera demência.
De notar, também o tom divertido do jornalista, logo no 1º parágrafo (que é o mesmo em ambas as notícias, pelo que aguardamos ansiosamente por novidades do País Real da parte deste senhor).
A partir daqui, só me lembro das imortais palavras do Bill Paxton, no Aliens:
"Game Over, man!"
No dia em que se comemoram os 50 anos da ida do primeiro homem ao Espaço, o "cosmonauta" Yuri Gagarin, pergunto-me porque é que nunca se lembraram de sugerir que este acontecimento não foi uma encenação orientada pela URSS e levada a cabo num estúdio mal amanhado no Cosmódromo de Baikonur...
Enfim... На здоровье
Sobre a participação de Fernando Nobre nas próximas legislativas, "enquadrado" nas hostes do PSD, leia-se esta notícia do Público:
Aparentemente, toda a gente quis Fernando Nobre no rescaldo das Presidenciais e toda a gente quis saber o que ia ele fazer dali para a frente (nada de muito surpreendente, sendo que o título da notícia até é meio enganador, dando a entender que a sondagem do PS tenha sido feita muito mais recentemente e especialmente para as eleições antecipadas).
Aquilo que chama mais a atenção é esta parte:
Desde logo, a integração num lista partidária faz-se pela oferta da possibilidade de Fernando Nobre ocupar o cargo de Presidente da Assembleia da República (2ª figura do Estado, portanto, um degrau abaixo da Presidência para a qual concorreu), algo que aparentemente é da competência do PSD oferecer...
E sim, a justificação para mandar às urtigas o apartidarismo vem agora pela situação grave do país, pelo facto de ter feito uma candidatura presidencial que nunca se pretendeu "contra os partidos".
Posso estar enganado, mas isto cai muito mal junto da população votante em geral (falo por mim). De cada vez que vemos que alguém supostamente "não-alinhado" rapidamente alinhar em troca de um cargo, perdemos um bocadinho mais daquela crença de que, talvez, haja pessoas que podem fazer alguma diferença.
Sou só eu, ou este texto é deprimente?
Within Portugal, it is doubted whether the caretaker government – which lost a parliamentary vote of confidence last month – has the constitutional authority, let alone the political legitimacy, to commit the country to the kind of conditions a loan from the EFSF would entail. This is especially so since the political class has miserably failed to reach a consensus on the deficit-cutting measures the country can no longer delay. And Portugal’s eurozone partners will not find it politically possible – nor should they – to advance the funds without such conditionality, even if only to jump refinancing hurdles reached before a new government is elected in June.
Given these facts, it would have been better forLisbonto tough it out in the markets for a few more months. Having to pay even several percentage points more to refinance the €12bn due between April and June makes little difference to the €144bn debt outstanding. That is still the most likely outcome. But the abrupt manner ofLisbon’s volte-face has not made this strategy any easier.
(...)
For Portugal, that willingness is a bigger “if” than even forGreece.Lisbonhas shown little appetite for the necessary belt-tightening and structural reforms of the economy to restore its long-lost ability to grow. The rest ofEuropeshould be ready to extend rescue loans, but before it does so, it must demand that Portuguese politicians use the election campaign to seek a mandate from the people for a programme of reform. If this is achieved, and a loan is granted, all sides must accept that if the loan conditions are not met, aid will stop and a default triggered.
Somos como que o leproso da Europa...
Crap...
Excertos do Editorial do Financial Times de ontem, by the way...
Bagão Félix acusa Sócrates de mentir sobre Conselho de Estado
António Capucho: Bagão Félix "está a falar a verdade"
César desmente Bagão e acusa-o de “delator" do Conselho de Estado
Almeida Santos condena acusações de Bagão Félix e diz que Sócrates falou verdade
Estes senhores fazem parte do Conselho de Estado. Ou seja, são elementos do orgão consultivo da mais alta figura de Estado que é o Presidente da República.
Não são, portanto, condóminos de um qualquer apartamento que se tenham desentendido na última Assembleia Geral.
Numa altura em que toda a Europa olha com redobrado interesse aqui para o rectângulo, quando as "agências de rating" justificam descidas do rating nacional com base na instabilidade política actual, quando nos sentimos chateados por ler editoriais gozões e "Cartas da Irlanda" sobre a nossa própria desgraça, aqueles que nos representam, as nossas "elites" insistem em lembrar-nos que, se calhar, a malta lá fora até tem razão...
Somos mesmo um país de gente muito, mas muito "pequenina".
Não sei o que será mais cómico, se o vídeo se a notícia dada pelo DN, vir da Al Jazeera...
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