O presidente egípcio, Hosni Mubarak, disse ontem que está "cansado" e quer "sair". "Mas se me demitir hoje será o caos"
Não sei bem o que dizer acerca do que se passa no Egipto (lamento o "p" mas ainda não harmonizei o meu discurso). Como em tudo aquilo que é imediatamente etiquetado como "histórico" ou outro qualquer adjectivo grandioso, não me sinto muito confortável em tecer grandes considerações sobre eventuais consequências daquilo que começou na Tunísia, passou para o Egipto e anda, basicamente, a causar alguns calafrios em algumas capitais do dito "Médio-Oriente".
Não se entenda aqui nenhum cinismo da minha parte pelos acontecimentos recentes, pelo contrário. Não consigo evitar algum entusiasmo com as imagens das manifestações e com aquilo que parece ser, de facto, um gigantesco "basta" a 30 anos de um regime que está, agora, moribundo. No entanto, ouvindo tantas eminências tecer "n" comentários sobre as consequências do "25 de Abril Egípcio" (trocam-se flores!! mostravam aqui há dias alguns jornais), prefiro acompanhar as notícias aqui e ali e ver o que de facto acontece. Funcionará o Exército como uma espécie de "garante do regime" enquanto calmamente "corre" com Mubarak como forma de o garantir? Será a Irmandade Muçulmana capaz (e quererá) tomar o poder? Será reintroduzida na esfera política de uma forma ordeira e aí permanecerá como mais um interveniente na vida pública egípcia? Haverá, ainda, uma "revolução" à la Irão?
Quem sabe?
Como por enquanto ainda estamos num plano de análise de "Que mil democracias floresçam no médio-oriente", talvez tenhamos que aguardar mais um pouco...
A minha outra casa
Blogs Nacionais
Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos
Interesses
News of the World
Blogues Internacionais
The Daily Dish - Andrew Sullivan
Tools